quinta-feira, 1 de novembro de 2007






uma casa no castelo - o sítio, a casa e o local
intervenção multidisciplinar multidisciplinary intervention
Curadoria de Curated by: Isabel Baraona (pt)

Adélia Caldeano, David Monteiro, Diogo Martins, Eduarda Silva, Eduardo Malé, Filipe Frazão, Ivan Barroso, Jorge Reis, Lucas Almeida, Luís Simões, Marisa Gonçalves, Marisa Teixeira, Marta Machado, Rita Manuel, Teresa Mariana Silva
26 Out – 18h30 / inauguração 26th Oct – 6:30pm / opening 27 Out / 17 Nov – Seg – Sáb, 10h00 – 19h00 / exposição 27th Oct – 17th Nov / Mon – Sat, 10am – 7pm / exhibition Casa do Castelo, Rua Capitão Luís Boto Pimentel (antiga former Rua do Castelo) - 11, Torres Vedras

O carácter privilegiado do espaço expositivo onde se realiza uma casa no castelo permite uma mostra de trabalhos diversificada em termos de abordagens, técnicas, materiais e dimensões. Aproveitando esta ocasião excepcional foram desenvolvidos dois projectos pedagógicos com um grupo de alunos do curso de Artes Plásticas e um grupo de alunos do curso de Animação Cultural da ESAD.CR. Foram convidados 14 alunos e ex-alunos finalistas do curso de Artes Plásticas de vários anos. Os alunos foram responsabilizados – enquanto autores – a desenvolver trabalho em função do espaço cedido pela Transforma: num primeiro momento estudaram o local, consciencializando-se das suas características específicas e, posteriormente, elaboraram projectos site-specific, trabalhando in loco. A selecção dos alunos e respectivos trabalhos apresentados reúne um conjunto de peças heterogéneo – que tem um denominador comum e estruturante: o desenho. Aos alunos de Animação Cultural – Adélia Caldeano, Teresa Mariana Silva – foi dada a oportunidade de trabalhar directamente e em estreita colaboração com os alunos da Artes Plásticas – jovens artistas – tendo o privilégio de observar o processo criativo de elaboração e construção de um projecto. Este aspecto, normalmente relegado a um segundo plano, foi fundamental no planeamento de todas as actividades pedagógicas e lúdicas, fruto da cumplicidade e do diálogo gerado entre os dois grupos. Ou seja, procurou-se desenvolver um projecto na sua totalidade, em termos formais e éticos: ao responsabilizar o aluno procura-se que crie a sua autonomia – ensinar a autonomia – tornando-o activo e consciente das dificuldades inerentes ao processo de elaboração, apresentação e montagem de uma exposição. Nos últimos anos, torna-se cada vez mais evidente que o projecto pedagógico da ESAD.CR comporta não só o acompanhamento dos alunos na sua articulação com a prática profissional durante o período da sua formação académica, mas também, o apoio na participação destes em exposições e sua inserção no mercado de trabalho.


Adélia Caldeano

Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Projecto Cultural dos docentes: João Miguel Garcia e Nelson Guerreiro; com alunos da EB1 da Encosta do Sol, da Escola de Educação Especial Rainha Leonor e o Lar do Montepio de Caldas da Rainha. O objectivo consistia em alertar para a urgência da preservação do meio ambiente, invocando o enternecimento das crianças passando pelos pais e chegando até aos avós.
Biografia

Nasce a 29 de Dezembro de 1962, numa pequena aldeia, e conclui a escolaridade obrigatória, 6º ano, começando a trabalhar aos 14 anos. Aos 36 anos, já mãe de dois filhos, inicia os estudos, encontrando-se a trabalhar no ramo de joalharia. Mais tarde, trabalha numa escola como auxiliar de acção educativa, onde participa em vários projectos educativos. Conclui o ensino básico e secundário, faz os exames de acesso ao ensino superior e candidata-se ao Curso de Animação Cultural, na ESAD. Hoje encontra-se a finalizar o curso e a desempenhar o cargo de administrativa escolar, no Agrupamento de Escolas D. João II em Caldas da Rainha.



David Monteiro
Conta-me Histórias!

Proponho-me compor uma rede de ligações entre pequenos desenhos que, percorridos pelo olhar, nos remetem para uma narrativa.

Biografia
David Monteiro, nascido em 6 de Agosto de 1979 na Covilhã, cresce durante a sua juventude em Castelo Branco, em 1998 entra na ESTGAD Caldas da Rainha e termina o bacharelato em pintura em 2003; após uma interrupção nos estudos retoma em 2005 na ESAD Caldas da Rainha para concluir em 2007 a licenciatura em artes plásticas.



Diogo Martins

entre mim e ti só existe um corpo

A fotografia é fruto de uma performance que utiliza como matérias o corpo, o equilíbrio e a gravidade. E, é através de uma habitação desse outro corpo da natureza, a árvore, que toda a coreografia se desenvolve. Uma performance em que um corpo fica suspenso num tecido que envolve o tronco de uma árvore como se se tratasse de uma bolsa que contém um corpo.
“A Natureza é um lugar a ser habitado que nos permite momentos de transcendência. Num relacionamento íntimo entre o performer e um corpo da natureza vão gerar-se espaços ocupados por sensações. Vão emergir processos de metamorfose de ambos, visíveis por uma corporeidade presente. Um pulsar de ritmos impressos por fendas despoletam momentos de desejo eminente e imanente. São espaços de desejo que emergem no cruzamento entre o dito e o indizível. Sensação não habitável por palavras que surgem para registar um pulsar.”

Biografia

Diogo Martins, Artista Plástico, nasceu em 1985 em Lisboa. Licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, cidade onde vive e trabalha.


Eduarda Silva

O conceito do meu trabalho situa-se na identidade feminina, na sua associação ao corpo e às suas coordenadas como a moda, a sexualidade e o amor. A moda surge referenciada no meu trabalho através de desenhos de silhuetas, fragmentos do corpo e por desenho padrão, sendo esta uma alusão aos tecidos. Dentro deste contexto surge também a forma como tudo isto é passado para o papel; em que os desenhos são cuidadosamente bordados, sendo estes uma reminiscência dos labores ou trabalhos manuais que têm sido destinados às mãos femininas, ou as chamadas “fadas do lar”. O conceito de sexualidade gera outro tipo de conflito, o da dor e da violência, o do amor como uma operação cirúrgica (citado por Simone de Beauvoir em O Segundo Sexo). Se por um lado os bordados nos transformam em fadas, a sexualidade já nos transforma em prostitutas ou objectos de desejo.
Os meus desenhos resultam de um bordado em papel perfurado, em que a linha branca sobre o branco desenha, numa forma sóbria e silenciosa, a dor e a cólera, que surge nos desenhos por manchas vermelhas, que escorrem no papel como o sangue que escorre na pele rasgada. O branco e o vermelho são formas de vincar o corpo. A figura feminina é marcada pelo silêncio, pela ausência e por acessos de fúria; manchas vermelhas desenham cólera e violência, bordados brancos desenham o silêncio.
Biografia
Eduarda Silva nasceu em Caldas da Rainha em 1981, local onde reside e trabalha. Em 2004 licenciou- se em Artes Plásticas na ESAD das Caldas da Rainha. O seu trabalho situa-se numa perspectiva feminista relacionada com a arte identidade. Desenvolve em paralelo um projecto de artesanato contemporâneo.


Eduardo Malé

Ambientar


Ambientar é um projecto pensado a partir do tema “onde estás” que reflecte preocupações para além das memórias do “habitar” em relação à Casa do Castelo em Torres Vedras, pois extravasa todo o espaço geográfico Torriense situando-se no plano do debate global e transversal da agenda mediática quotidiana mundial, designadamente o aquecimento do planeta terra e a escassez da água. Este trabalho tem na sua génesis a fragilidade humana e assenta o seu discurso na lei da conservação da matéria do químico Antoine Lavoisier “nada se perde, tudo se transforma” e elege a reciclagem como processo e o papel como médium (matéria).
Biografia
Eduardo Malé nasceu em São Tomé, em 1973. Cursou Desenho, Pintura e História de Arte na Sociedade Nacional de Belas Artes e Design de Equipamento na Escola de António Arroio, em Lisboa. Licenciado Artes em Artes Plásticas pela Escola Superior de Arte e Design (ESAD.CR), do Instituto Politécnico de Leiria, nas Caldas da Rainha. Autor, produtor e realizador do projecto CinemAcção em Cinema de animação. Realizou o filme de animação “táxi amarelo”. Trabalhou durante ano e meio, como colaborador no atelier de Pintura de Zoran Smilianic, em Lisboa. Desenvolveu trabalhos de Artes Plásticas, como monitor de OTL, em Caselas, Lisboa, e no Pavilhão do Conselho da Europa durante a Expo-98. Leccionou a disciplina de Educação Visual e Tecnológica na Escola Básica do 1º e 2º ciclos Mouzinho de Albuquerque na Batalha. Participou no Projecto Experimentação 01, como animador do Workshop de iniciação ao Desenho para jovens e crianças, respectivamente na II e III Bienal Internacional de Arte e Cultura, em S.Tomé e Príncipe – 2002/2004. É Animador de Expressão Plástica, nas Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Marrazes e Quinta do Alçada, Leiria, actividade integrada no Projecto MUS-E, da International Yehudi Menuhin Foundation, sediada em Bruxelas. Participou em mais de quatro dezenas de exposições individuais e colectivas.


Filipe Frazão + Marisa Teixeira

Um desenho que preenche e representa fragmentos arquitectónicos. Uma luz programada activa esses fragmentos. Ambos revelam, destroem e reconstroem um novo espaço, habitando-o numa temporalidade própria.

Biografias

Filipe Frazão
Nasceu nas Caldas da Rainha, 1984. Vive e trabalha nas Caldas da Rainha. Em 2006 frequenta o programa Erasmus na UCE (University of Central England), Birmingham, Reino Unido. Ainda nesse ano participa na Bienal Internacional da Luz, Luzboa. Licenciatura em Artes Plásticas pela ESAD.CR, 2007.

Marisa Teixeira
Nasceu no ano de 1983 em Leiria. Vive e trabalha nas Caldas da Rainha. No ano de 2006 participa na Bienal Internacional da Luz, Luzboa, Lisboa. Licenciatura em Artes Plásticas pela ESAD.CR, 2007.


Ivan Barroso


Para este projecto Casa do Castelo proponho uma interpretação sensível e efémera sobre o tema 'Where are you Onde estás'. Construo um discurso entre a bidimensionalidade do desenho e a tridimensionalidade da escultura. Com a parede como suporte procuro aliar as possibilidades do meu gesto artístico à energia física do local.
Biografia
Ivan Barroso nasceu em Lisboa, em 1980. Possui o grau académico de Licenciatura em Artes Plásticas na Escola Superior Artes e Design das Caldas da Rainha. Frequentou diversos cursos e workshops de especialização artística. É actualmente freelancer e formador em várias áreas. Participa regularmente, desde 2000, em exposições colectivas e individuais em Portugal.



Jorge Reis

A partir da observação que fiz das obras de Torie Begg, cheguei a uma conclusão. Reparei que o assunto estava na objectificação da pintura, onde havia uma recusa da representação na superfície do plano da pintura. Toda a atenção residia, portanto, nos bordos da imagem. A tinta escorrida que se apresentava para além dos bordos, é enfatizada pela ausência de assunto na superfície do plano da pintura. Perante isto, entendi que a tinta se queria autonomizar do suporte, e concluí a minha interpretação com uma questão: “Quais serão os requisitos mínimos para uma pintura?”, ao que respondi “Se a tinta se quer autonomizar do suporte, é porque a tinta se mostra, de facto e devido a esta situação, como um elemento que se pretende desprender dos conceitos canónicos de academismo.” Tomei decisões que foram, portanto, reveladoras para o meu trabalho, tais como a de apresentar uma situação de mancha de tinta que parece ter sido acidentalmente deixada cair no espaço. Este aspecto acidental dissocia-se de qualquer intenção de representação. Uma vez que é dado este aspecto acidental, o espectador jamais poderá interpretá-lo como se ele tivesse origem num acto propositado. Nesta situação não é feita nenhuma invocação de suporte de pintura, porque a mancha afirma-se apenas como uma mancha de tinta proveniente de um acto desprovido de intenções. O suporte de pintura é rejeitado, mas o que passa para o espectador não é essa recusa. Na imediatez da apreensão da mancha, o espectador sente o inesperado, e a surpresa, por causa do aspecto acidental da mancha e da relação que ela tem com o espaço. O espaço acaba por ser um elemento muito importante neste projecto. É nele que consigo, de facto, desviar-me de todas as intenções de representação em pintura, partilhando a mesma relação que estava patente nas décadas dos anos 60 e 70 com o minimalismo e o conceptualismo americanos. A relação obra – espaço, é tomada, agora neste momento, como a matriz da experimentação no meu trabalho.
Biografia
Natural da Gafanha da Encarnação, Jorge Reis licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Em 2004 participou na exposição inaugural do espaço “Rotunda Luminosa” em Caldas da Rainha com a apresentação de um trabalho de desenho na exposição “Ping-Pong”, uma iniciativa coordenada pelo docente da ESAD, Jorge Feijão. Em 2005 foi seleccionado em duas categorias no concurso “Jovem Criador Aveiro 05”: Pintura e Arte Digital. Em 2007, foi convidado a enviar um vídeo para a London International Creative Competition.


Lucas Almeida

Comecei por desenhar no mármore sem pensar muito. À medida que ia desenhando surgiram várias questões. Comecei apenas por salientar a riqueza já existente no próprio mármore, mas depois comecei a sentir que não me estava a exprimir, que não tinha gesto, então fui tentando adequar, adaptar-me àquela profundidade de texturas e cores existente naquela mesa. Tentei encontrar o equilíbrio entre as formas e o gesto, dar a força e energia, naquela matéria subtil existente para além da superfície.
Biografia
Desde muito novo entrei em contacto com os materiais de expressão plástica, criando desde logo um fascínio pela criação artística. À medida que fui crescendo tive influências que foram marcando o meu percurso, como a banda desenhada e os filmes de animação. Não encontrei outra opção, tive em artes na escola e em seguida entrei na Escola Superior de Artes de Design das Caldas da Rainha, onde estive 5 anos de experimentação e investigação.


Luís Simões + Rita Manuel

O facto do jardim estar ao abandono provoca uma inquietação também sentida na casa, pela sua falta de vida. No entanto, a presença da bomba de água poderá devolver ao lugar uma memória das suas vivências, em simbiose com um processo de regeneração e revitalização do espaço natural.
Biografia
Rita Manuel e Luis Simões vivem e trabalham em Caldas da Rainha. Terminaram recentemente o Curso de Artes Plásticas pela ESAD.CR. Trabalham como colectivo desde o início de 2007. O seu trabalho tem-se desenvolvido contextualmente, tendo em conta o lugar nas suas características vivenciais, propondo reflexões acerca da forma como o homem faz a relação entre espaço natural e espaço cultural.


Marisa Gonçalves
Em primeiro lugar o meu trabalho é sobre uma parte do corpo: as pernas. Pretendo captar a atenção para uma parte do corpo para a qual pouco olhamos ou até contemplamos. Hoje em dia é o rosto que lidera a atenção das pessoas. Esquecem-se que são dependentes de uma importantíssima parte do seu corpo. As pernas e os pés que suportam todo o nosso peso e ainda nos “transportam”, nos fazem ter livre mobilidade para levar uma vida independente dos outros.
O pó de grafite dá-lhes a expressividade que pretendo. Modela, arredonda, torneia, contorna e transforma. Mostram a sua volumetria pelo uso das sombras negras que aumentam a sua expressão. Valorizo a sua importância, a sua função, a sua estética. O corpo é o nosso único lugar de expressão pessoal. Um corpo com o qual nos devemos moldar, afeiçoar, ajustar, domesticar. Aproprio o objecto corpo. Pretendo manejá-lo de todas as formas possíveis. Torná-las um elemento “quase” separado do corpo. As pernas apresentam diferentes posturas de um corpo que se pretende revelar em tensão. O intuito é fazê-las ganhar autonomia. Elas pertencem a um só corpo, transformam-se, conquistam leveza.
Biografia
Marisa do Vale Gonçalves nasceu a 6 de Março de 1984 em Lisboa. Reside entre Caldas da Rainha e Setúbal. Em 2003 frequentou e concluiu com média de 15, o primeiro ano do curso de Pintura no Instituto Politécnico de Tomar, sendo convidada a participar na exposição finalista desse ano. No ano seguinte ingressa na Escola Superior de Artes e Design onde, presentemente, termina licenciatura. Participou em Workshops de Retrato, Performance e Movimento Contemporâneo e colaborou no Caldas Late Night em 2005 e 2006.


Marta Machado
O entretanto: Pensar é fechar e não pensar é correr as cortinas mas ela não tem cortinas! Despe abre uma cova e enterre-as
Ouço nem demora, nem chegada mas um quadrado um... regressar e torcer e haver árvores ao fim da rua.
Biografia
Marta Machado nasceu no Porto a 29 de Junho de 1983. Entre 2004 e 2005, participou no programa Sócrates e frequentou durante 6 meses a Universidad del País Basco, Faculdad de Bellas Artes. Finalizou a licenciatura de Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, em 2006. Actualmente, tem vindo a desenvolver um projecto artístico que sublinha a estética do preto e branco, utilizando como suporte o vídeo.


Teresa Mariana Silva

HERE ARE YOU, de encontro a ti mesmo

Ao dialogar com os artistas e os visitantes/participantes construir-se-á um mapa de presenças criativas. Em sinergia, achar-nos-emos entre a Casa do Castelo, a Transforma, a cidade, Torres Vedras, e tudo um pouco de quanto em nós coexiste.
Biografia

Mariana é estudante finalista da licenciatura em Animação Cultural na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Frequentou a Faculdade de Arquitectura de Lisboa, onde despoletou o interesse pelas problemáticas do espaço público. Cria, preferencialmente, projectos culturais no domínio da arte pública. O seu trabalho procura comunicar a expressão de um inconsciente colectivo, reforçando a autonomia do gesto individual, na mira de uma dinâmica social mais crítica, criativa e participativa.




The privileged character of the space where Uma Casa no Castelo takes place allows an exhibition of different kinds of projects, in terms of approaches, techniques, materials and dimensions. Taking advantage of this exceptional occasion two pedagogical projects were developed by a group of Plastic Arts students and a group of Cultural Animation students from ESAD.CR. Fourteen students and ex-students, finalists on different years, from the Plastic Arts course were invited. The students had the responsibility – as authors – to develop a project within the space lent by Transforma: first, the students analysed the place, understanding its specific characteristics; second, they elaborated site-specific projects, and in loco works. The students who were selected and their works gather a heterogeneous group of pieces – they all have the same common denominator and structure: drawing. The Cultural Animation students – Adélia e Teresa Mariana Silva – had the opportunity to work directly and in strict cooperation with the Plastic Arts students – young artists – having the privilege to observe the creative process of a project’s elaboration and construction. This aspect, normally relegated to a secondary plan, was crucial to plan all the pedagogical and amusement activities, born of the complicity and dialogue between both groups. This means, we tried to develop a project as a whole, in aesthetical and formal terms: to make the student responsible helps him to become autonomous – to teach autonomy – to become active and conscious of the difficulties inherent to the elaboration, presentation and setting phases of an exhibition. In the last few years, it became more evident that ESAD.CR’s pedagogical project consists in following the students and their professional practice during their graduation, but also in supporting the student’s participation in exhibitions and their insertion in the job market.


Adélia Caldeano

This work was produced for the Projecto Cultural subject taught by: João Miguel Garcia and Nelson Guerreiro; with students from EB1 school of the Encosta do Sol, Special Education School Rainha Leonor and Montepio of Caldas da Rainha Care Home. The objective was to alert for the urgency of preserving the environment, evoking the children’s sympathy, their parents ‘and their grandparents’ one also.
Biography

Adélia Caldeano was born on December 29, 1962, in a small village. She finished the obligatory school (6th grade) and started working when she was 14. At the age of 36, already mother of 2 children, she started studying again, while working on the jewellery business. Later, she started working in a school as educational assistant, participating in several educational projects. After finishing basic and secondary school, she did the exams and applied for the Course of Cultural Animation at ESAD. She is now finishing her degree and working as school administrator at the Agrupamento de Escolas D. João II, in Caldas da Rainha.


David Monteiro
Conta-me Histórias!

I propose to create a network between small drawings, which, once we look at them, send us into a narrative.
Biography
David Monteiro was born in 6 august 1979, in Covilhã. He spent his childhood in Castelo Branco. In 1998 was admitted to ESTGAD Caldas da Rainha and in 2003 he finished his bachelor degree. After interrupting his studies, he started again at ESAD Caldas da Rainha and in 2007 finished his degree in fine arts.


Diogo Martins
entre mim e ti só existe um corpo

The photo is the result of a performance that uses matters such as the body, the balance and the gravity. Another body of nature is inhabited: the tree. This constitutes the starting point for all the choreography: a performance in which a body is suspended by a fabric wrapped around a tree trunk, like a bag containing a body.
“Nature is a place that should be inhabited. It allows us transcendency moments. Spaces filled by sensations will arise from a close relation between the performer and a body of nature. Metamorphosis processes will emerge from both parts, and they will be visible through a corporeal presence. Rhythms will arouse moments of eminent and immanent desire. Spaces of desire emerge from the cross between what can be said and that which cannot be said. A sensation that can’t be inhabited by the words used to mark a rhythm.”

Biography
Diogo Martins, Plastic Artist, was born in 1985, in Lisbon. He holds a degree in Plastic Arts from Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, the city where he lives and works.


Eduarda Silva

My work has to do with the feminine identity, its association with the body and coordinates such as fashion, sexuality and love. Fashion is represented by silhouette drawings, fragments of the body and by pattern drawings, and it is also an allusion to fabrics. Within this context there’s also the way all of this is put on paper; the drawings are carefully embroidered. They remind us of the needlework or handwork normally made by women, those wonderful housewives. The concept ‘sexuality’ sparks of another kind of conflict, that of pain and violence, of love as a surgery (quoted from Simone de Beauvoir’s Le Deuxième Sexe). If embroidery makes us wonderful housewives, sexuality make us prostitutes or objects of desire. My drawings are based on a embroidery made on perforated paper, where the white thread over the white paper draws, in a sober and silent way, pain and rage, which is represented by red patches dripping trough the paper as blood trough the wounded skin. The white and red colours are ways of creasing the body. The feminine figure is marked by silence, absence and rage; red patches draw rage and violence, embroidery draws silence.
Biography

Eduarda Silva was born in Caldas da Rainha, in 1981, where she lives and works. In 2004 she finished her degree in Plastic Arts from ESAD das Caldas da Rainha. She does her work from a feminist perspective related to the art identity. At the same tima, she is developing a project on contemporary handicraft.


Eduardo Malé
Ambientar


The subject ‘where are you?’ provides a basis for the Ambientar project, which reflects preoccupations far beyond the memories of the inhabited space of Casa do Castelo, far beyond the geographical space of Torres Vedras. This project is situated in the framework of the world-wide ecological debate, especially on global warming and dryness. This work has in its genesis the human frailty. Its speech based on the law of matter conservation formulated by the chemist Antoine Lavoisier “nothing is lost, everything is transformed” and chooses recycling as a process and paper as a medium (matter).
Biography
Eduardo Malé was born in São Tomé, in 1973. He has qualifications in Drawing, Painting and Art History from Sociedade Nacional de Belas Artes e Design and a qualification in Product Design from Escola de António Arroio, in Lisbon. He has a degree in Plastic Arts from ESAD.CR. Author, producer and director of the animated cinema project CinemAcção. He directed the animated film “táxi amarelo” (“yellow taxi”). During one an a half years, he worked at Zoran Smilianic’s painting studio, in Lisbon. He developed Plastic Arts’ projects, while working as an OTL instructor, in Caselas, Lisbon, and at the European Union's Pavilion at Expo 98. He taught Visual and Technological Education at Escola Básica do 1º e 2º ciclos Mouzinho de Albuquerque, in Batalha. It participated in the Projecto Experimentação 01, as entertainer of the Workshop of initiation to Drawing for youngsters and children, respectively in the II and III International Biennial of Art and Culture, in S.Tomé e Príncipe - 2002/2004. He is Plastic Expression entertainer at Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Marrazes e Quinta do Alçada, Leiria, within the Project MUS-E, from the International Yehudi Menuhin Foundation, headquartered in Brussels. He participated in more than forty individual and collective exhibitions.



Filipe Frazão + Marisa Teixeira

A drawing that fills and represents architectonic fragments. A programmed light activates those fragments. Both reveal, destroy and reconstruct a new space, inhabiting it within a specific temporality.
Biographies
Filipe Frazão
He was born in Caldas da Rainha, in 1984. He lives and works in Caldas da Rainha. In 2006, he participated in the Erasmus Program and attended the UCE (University of Central England), Birmingham, UK. That same year he collaborated on the International Biennale of Light, Luzboa. He finished his degree in Plastic Arts from ESAD.CR in 2007.
Marisa Teixeira
She was born in Leiria, in 1984. She lives and works in Caldas da Rainha. In 2006, she collaborated on the International Biennale of Light, Luzboa. She finished her degree in Plastic Arts from ESAD.CR in 2007.


Ivan Barroso

I propose a sensitive and ephemeral interpretation on the subject 'Where are you? Onde estás?'. I create a dialogue between the drawing’s bidimensionality and the sculpture’s tridimensionality. I wish to combine the possibilities of my artistic gesture to the physical energy of the place, having the wall as a basis for work.
Biography
Ivan Barroso was born in Lisbon, in 1980. He has a degree in Plastic Arts from Escola Superior Artes e Design das Caldas da Rainha. He attended several artistic specialization courses and workshops. He’s a freelancer and a teacher. He participates regularly, since 200, in collective and individual exhibitions, in Portugal.


Jorge Reis

After observing Torie Begg’s works, I came to a conclusion. I noticed that was all about objectifying painting. There was a refusal to confine painting to a canvas. All the attention was drawn to the picture’s edges. The dripped edge of the canvas is emphasised because there’s no subject matter on the canvas. This made me think, and I understood that the paint was trying to become independent from the canvas, and I finished my interpretation with a question: ‘which are the minimum requirements to do a painting?, and I answered ‘If the paint wants to become independent from the canvas, it’s because it’s an element that wants to detach from the academic canonical concepts’. I decided to present this situation: a patch of paint that seems to be left accidentally in the space. This accidental aspect dissociates from any representation intention. Considering this accidental aspect, the spectator can never say that it was made on purpose. The canvas isn’t invoked here, there’s just an accidental patch of paint. The canvas is rejected, but the spectator doesn’t see that rejection. The moment the spectator sees the patch, he feels the unexpected, and the surprise, because it looks accidental and because of its relation with the space. The space is a very important feature of this project. It allows me to put aside all the regular representations of painting, sharing the same relation that was present in the American minimalism and conceptualism of the 60’s and 70’s. The work-space relation is now the experimental matrix of my work.
Biography

Jorge Reis was born in Gafanha da Encarnação. He holds a degree in Plastic Arts from Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha. In 2004 he participated on the first exhibition made on the space “Rotunda Luminosa”, in Caldas da Rainha, presenting a drawing project within the exhibition “Ping-Pong”, an initiative coordinated by an ESAD’s professor: Jorge Feijão. In 2005 he was nominated in two categories of the “Jovem Criador Aveiro 05” contest: Painting and Digital Art. In 2007, he was invited to send a video to London International Creative Competition.



Lucas Almeida

I started to draw on the marble and some questions came during the process. I started to reveal the inner richness of the marble, but then I start feeling that I wasn't expressing myself, that it had no "gesture", so I tried to adapt to that deepness of textures and colours existent on that table. I tried to find the balance between shapes and gesture, give strength and energy, in that subtle matter that exists behind the surface.

Biography
Since he was very young, Lucas got in touch with the plastic expression materials and got immediately fascinated by artistic creation. He grew up being influenced by several creative areas, like comics and animation movies. He was destined to become an artist. He studied arts in secondary school and in ESAD.CR, where he had 5 years of research and experimenting.



Luís Simões + Rita Manuel
The fact that the garden is abandoned provokes an anxiety reaction also felt in the house, due to its lifeless. However, the water pump’s presence may return to this place a memory of its experiences, along with the regeneration and restoration of the natural space.
Biography
Rita Manuel and Luís Simões live and work in Caldas da Rainha. They recently finished their degree on Plastic Arts from ESAD.CR. They work together, since the beginning of 2007. Their work has developed contextually, considering place and its characteristics, proposing reflections about the way man relates natural space to cultural space.


Marisa Gonçalves
First of all, my work is about a part of the body: the legs. I intend to draw people’s attention to a part of the body that we usually don’t look at or contemplate. Nowadays the face is the centre of people’s attention. They forget that they rely on a very important part of their body. The legs and the feet support our weight and “transport” us; they allow us to move freely so we can be independent of the others. The graphite powder gives it the expressiveness I want. It shapes, rounds, turns, outlines and transforms. They show their volume through the use of black shades, which amplify their expression. I value their importance, their function, their aesthetic. The body it’s our only way of personal expression. A body that we should shape, become fond of, adjust, tame. I appropriate the object body. I intend to handle it in as many ways as possible. To make them an element “almost” separate from the body. The legs show different postures of a tense body. The intention is to make them gain autonomy. They belong to a unique body, transform themselves, and win lightness.
Biography
Marisa do Vale Gonçalves was born on March 6, 1984, in Lisbon. She lives in Caldas da Rainha and Setúbal. In 2003, she attended and finished the first year of the Painting Course at Instituto Politécnico de Tomar. That same year she was invited to participate in the final-year students’ exhibition. The next year she attended the Escola Superior de Artes e Design, and she is now finishing her graduation. She participated in Portrait, Performance and Contemporary Movement Workshops and collaborated on Caldas Late Night in 2005 and 2006.


Marta Machado

The meanwhile: To think is to close and not to think is to close the curtains but she has no curtains Take it off open a hollow and bury them I hear neither delay, nor arrival but one square one to return and to twist and to trees at the end of the street.
Biography
Marta Machado was born on June 29, 1983, in Porto. From 2004 to 2005, she participated in the Socrates Program and attended the Universidad del País Basco, Faculdad de Bellas Artes during 6 month period. In 2006, she finished her graduation on Plastic Arts at Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha. Now she is developing a project which stresses the black and white aesthetic, using video.



Teresa Mariana Silva
HERE ARE YOU, de encontro a ti mesmo

A map of creative presences will be created through a dialogue with the artists and the visitors/participants.
Together, we will find ourselves somewhere between the Casa do Castelo, Transforma, the city, Torres Vedras, and that little something that coexists within us.
Biography
Mariana is finishing her degree on Cultural Animation at Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. She attended the Faculdade de Arquitectura de Lisboa, where she sparked off the interest in public space problematic. She creates, mainly, public art projects. Her work intends to comunicate the expression of a collective unconscious, stressing the autonomy of the individual gestures, in the hope of a much more critic, creative and participative social dynamic.



Fotos Photos:






















Sem comentários: